31 de jan. de 2013

Sobre o tempo

Olhos que se enchem de lágrimas escondidas... Quando a saudade chega; a distância aperta - quase à ponto de sufocar. E sufoca. E agora me pergunto - de onde vem tudo isso?
Sumiu.

18 de jan. de 2013

Interdependência

Olhos desconhecidos passando por mim. Olhos misteriosos, olhos que tudo viam. Olhos que não precisavam de palavras para saber, olhos que sabiam tudo só por olhar. Olhos que me deixaram assustada. Tive medo que soubessem tudo sobre mim, tive medo de saberem o que nem eu mesma sei. Eu sei que esses olhos sabem demais, mas sei que não é por indelicadeza - eles realmente precisam saber.
Eu vejo e, muitas vezes, nem uso meus olhos para tal ação.
Volta e meia vejo-me regredindo, deixando ser afetada por imagens. Mas o que é isso que vejo, que torna-se tão poderoso, de repente? Vejo-me entregando o futuro do meu bem-estar nas mãos virtuais que criei; em mãos inexistentes que que por vezes me machucam, me violentam sem hesitar. Mãos criadas por mim, imagens gravadas em mim. O meu veneno, sou eu quem faço, sou eu quem bebo, sou eu quem morro, de tempos em tempos.
Onde será que vou parar, se continuar dependendo de fatos que podem acontecer ou não, para manter o meu bom humor? Certo dia me peguei tremendo, chorando, parecendo um tipo de paranóica, por não saber lidar com situações que um dia poderiam vir a acontecer. Chorei por nada, chorei em vão. O desespero veio, tomou conta de mim, e foi embora. Mas às vezes ele insiste em voltar. Nessas vezes, sinto como se eu estivesse chegando perto do fundo do poço.
Mas ora, eu cansei de olhos que sorriem, dissimulados! Cansei de andar para os lados e não chegar a lugar algum! Não se pode comparar fogo com água, sem achar semelhanças entre os dois. Um não existe sem o outro. Não existo sem você. Não existo com você. Será que ao menos eu existo...?

Disappointment

Se um dia quis estar perto, já não quero mais.
Se tentei fazer dar certo, já não quero mais.
Eu cansei do incerto, já não o quero mais.

Da tristeza estou farta, não a quero mais.
E todos os vãos esforços, não os quero mais.
E os belos sorrisos falsos, não os quero mais.

Já cansei da ingratidão, não a quero mais.
Os espinhos e os ferrões, não os quero mais.
E agora, mais que tudo, só queria paz.