Os tijolos do muro que construímos
Estão despencando com os terremotos
Não tem mais jeito.
Aos poucos me acostumo com sua ausência
Descolo você do meu eu.
O espaço aqui fica vazio.
Está tudo bem.
Já estive aqui antes.
Já estive bem menos forte do que sou hoje.
Algo explodiu no infinito. Fez de migalhas, um céu pontilhado em negrito. Um ponto meu mundo girou pra criar num minuto todas as coisas que são para manter ou mudar...
9 de mai. de 2016
Angústia
Não sei o que sinto,
Mas eu deveria saber
Ou deveria sentir?
Não sei o que sinto,
Mas estas mãos apertadas
Em volta da minha garganta
Vão me fazer sufocar!
Não sei o que sinto,
Mas estou presa num labirinto
Com minhas mãos atadas
Eu mal consigo respirar...!
Não sei o que sinto,
Mas parece que estou caindo...
Mas eu deveria saber
Ou deveria sentir?
Não sei o que sinto,
Mas estas mãos apertadas
Em volta da minha garganta
Vão me fazer sufocar!
Não sei o que sinto,
Mas estou presa num labirinto
Com minhas mãos atadas
Eu mal consigo respirar...!
Não sei o que sinto,
Mas parece que estou caindo...
Para apenas ser
A vida inteira fui assim:
Me doei demais, esperei demais,
Almejei demais ser capaz
De esconder o que sinto,
De ignorar a minha sombra.
Passei tempo demais negando
Em mim, a existência de imperfeições,
A existência de feridas inflamadas
Que só doem quando são tocadas.
Me esforcei demais para ser forte -
Neguei sentimentos, julguei a mim por sentir,
Quando na verdade, tudo o que eu precisava
Era deixar fluir, para apenas ser.
Me doei demais, esperei demais,
Almejei demais ser capaz
De esconder o que sinto,
De ignorar a minha sombra.
Passei tempo demais negando
Em mim, a existência de imperfeições,
A existência de feridas inflamadas
Que só doem quando são tocadas.
Me esforcei demais para ser forte -
Neguei sentimentos, julguei a mim por sentir,
Quando na verdade, tudo o que eu precisava
Era deixar fluir, para apenas ser.
Nó-sem-fim
Conectei o desconexo
Religando os nós-sem-fim
Quando, num piscar de olhos,
Flutuei ao universo
E encontrei tais nós em mim.
Religando os nós-sem-fim
Quando, num piscar de olhos,
Flutuei ao universo
E encontrei tais nós em mim.
Confusion
Se nem eu mesma me entendo,
Como posso esperar que os outros o façam?
Ideias caóticas em minha mente,
Ruas estreitas que levam a lugar nenhum,
Quanto mais penso, mais perguntas me veem...
Será que um dia serei o que sempre quis ser?
Mas já quis ser tanta gente, e fui
E muitas vezes ainda não sei responder:
Quem sou eu...?
E todas as partes de mim que nego ser,
São essas que sempre voltam.
Por medo de ser o que nego existir, acabo sendo
É um ponto cego, são padrões que se repetem
Até que você seja capaz de transgredir.
WE'RE
SPIRALLING...
Como posso esperar que os outros o façam?
Ideias caóticas em minha mente,
Ruas estreitas que levam a lugar nenhum,
Quanto mais penso, mais perguntas me veem...
Será que um dia serei o que sempre quis ser?
Mas já quis ser tanta gente, e fui
E muitas vezes ainda não sei responder:
Quem sou eu...?
E todas as partes de mim que nego ser,
São essas que sempre voltam.
Por medo de ser o que nego existir, acabo sendo
É um ponto cego, são padrões que se repetem
Até que você seja capaz de transgredir.
WE'RE
SPIRALLING...
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