9 de abr. de 2025

Vejo o invisível

Te amei como se amam

As coisas que não se tocam:

Com olhares que não se cruzam

Por medo de seu encontro;

Com dedos trêmulos, carregados

De desejos que tentei sufocar;

Com silêncios que gritam tudo

Que eu ousei calar.


Te esperei sem relógio,

Sem cobranças, sem promessas,

Sem garantias...

Na esperança ilusória de que

Um dia viveríamos o impossível.

Te esperei mesmo sabendo 

Que seus muros são impenetráveis,

E que teria que me contentar

Em apenas admirá-lo, daqui de longe...