Vivo cenas que não vi
Respiro o ar que não existe
Como é que pude sorrir,
Quando minh'alma era triste?
Agora, dentro de mim chove,
Chuva ácida que corrói.
Que percorre minhas veias,
Desembaraça mil teias,
E facilmente descobre
Tudo aquilo que destrói.
Escuto palavras ásperas
Sílabas que dilaceram
Escudos que não protegem
Nossas memórias escassas,
Anseios que não esperam
E fins que não se despedem...
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