A espera é como estar à mercê
da minha própria imaginação —
onde o sonho se realiza,
mas ainda parece um sonho.
Aos poucos, os detalhes se turvam,
ficam borrados na memória,
restam só lembranças —
teu toque, a calma,
nosso encontro tecido em sussurros,
lábios que se tocavam
no silêncio aconchegante.
a espera me dilacera aos poucos —
vou preenchendo o silêncio
com perguntas, medos e esperanças.
revivo explosões de sentimentos
que tentei muito adormecer...
eu não sei o que fazer
com tudo isso.