27 de mar. de 2009

Silêncio

Sua boca era silêncio, a terra queria girar.
A parte que me cabe no teu sonho ateu, novamente quer acreditar em universos infinitos, sem nenhuma luz pra te cegar.
A parte que me cabe nesse espelho seu, novamente vai desejar o que parece inatingível, mas faz o mundo melhorar.
Eu sou uma força, jorrando palavras pelos canos de vitrines e ruas, por onde você vai trafegar.
Eu sou essa força, abrindo suas gavetas, tirando palavras que podem até te contar.
Não precisa me lembrar, não vou fugir de nada. Sinto muito se não fui feito um sonho seu, mas sempre fica alguma coisa, alguma roupa pra buscar. Eu posso afastar a mesa quando você precisar.
Eu não quero ver você passar a noite em claro. Sinto muito se não fui seu mais raro amor, e quando o dia terminar, e quando o sol se inclinar, Eu posso por uma toalha e te servir o jantar.
Mentira se eu disser que não penso mais em você. E quantas páginas o amor já mereceu, os filósofos não dizem nada

que eu não possa dizer. Quantos versos sobre nós eu já guardei, deixa a luz daquela sala acesa e me peça pra voltar.

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