2 de mar. de 2023

Navegando em mim

É interessante observar os caminhos que nossa própria mente faz. Uma parte de mim, mascarada, me distrai para que eu não veja certas coisas - coisas estas que, não por acaso, machucam e machucam muito. Eu me vi tentando caber num lugar pequeno demais para mim, um lugar que não tem a capacidade de me conter. Eu me vi me enganando, me fazendo acreditar em mentiras, me fazendo acreditar que eu era pequene. Eu fui me diminuindo para me manter aqui com você, pra me manter distante do meu maior potencial. Eu tenho medo de saber como eu posso ser grande e como posso brilhar. Eu tenho medo de ser tão grande que não faria sentido eu estar aqui, nesse lugar tão pequeno. Então eu me inferiorizo. Porque se eu me convencer de que aqui é meu lugar, não preciso aceitar o fardo que é o sucesso, não preciso me responsabilizar e nem me assumir. Eu me senti me desvelando, como se fosse de um ponto chegando a muitos outros que de alguma forma se ligam num grande labirinto. Mas só depois de tanto tempo perdide é que posso sentir que estou me encontrando. Sinto que vou, pouco a pouco, linha por linha, desvendando meus mistérios, minhas crenças, as coisas que me movem e as que me paralizam. Assim, me sinto menos como uma folha sendo levada pela correnteza, me sinto guiando meus próprios navios, com a minha própria força e intensidade.


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