10 de nov. de 2009

Simples repetições

Achei que, naquele momento infinito que pude te avistar, nada mudaria. Você não pareceu se interessar. Eu pude notar, você também me observava incançavelmente, mas não com a mesma frequência, não com o mesmo interesse. Pude compreender que, naquele momento em que perdi, meus desejos poderiam simplesmente não acontecer. Eu vi, todas aquelas expectativas criadas por minha mente em tão pouco tempo, como eu poderia pensar algo assim? Como pude pensar que com você as coisas iriam mudar? Vã ilusão. Vã alegria. Eu me sentia viva, alegre como não conseguia mais estar. Você me trouxe tudo, e levou contigo tudo de volta. Assim como todos os outros. São histórias diferentes, pessoas diferentes, lugares diferentes, e que sempre terminam da mesma forma. Não sei se tem algum sentido uma garota tão nova como eu, tão inexperiente como eu, achar essas coisas que acontecem comigo ruins e até sofrer com elas. Talvez eu seja ingrata, e não dê valor ao que possuo, talvez eu só queira o que não tenho, e nem posso ou poderei ter. Talvez eu sinta mesmo essa atração pelas pessoas erradas, que não estão dispostas como eu a serem felizes. Talvez eu esteja esperando a pessoa certa, mas não consiga enxergá-la, ou até posso não tê-la encontrado. Talvez eu só queira quem não posso ter, talvez eu só consiga o que não valorizo, é assim, que talvez seja. Talvez eu tenha que parar de pensar que posso um dia modificar as pessoas, talvez eu deva parar de pensar nelas. Talvez eu deva fazer tudo pensando somente em mim, talvez. Talvez eu tenha que me tornar vocês, para que eu não seja pisada, enganada, novamente. Talvez tenha que ser assim. Talvez eu tenha que me tornar quem mais odeio para conseguir ser feliz. Talvez tudo o que eu faça dê errado, talvez eu não tenha valor algum, talvez eu não signifique nada, para ninguém. Incertezas. Irreais. Mentiras.

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