A morte veio te mostrar o que morreu. Já passou a hora de morrer. Sabe, já estava morto. A coisa mais triste que existe é tentar reviver algo que está morto. É um esforço contínuo, árduo, é um esforço descomunal feito em vão. A morte veio! Não a tema! Ela veio levar os restos, veio levar os resíduos. Sim, é o fim. É resto de nossa relação. É o resto de nós que ainda tentam fazer funcionar, o resto de nós que não está permitindo que a mudança ocorra. Não adianta tentar impedir a mudança: ela acontece, mesmo que não acompanhemos o seu ritmo próprio. Não a tema também! Acredite que tudo o que acontece em sua vida vem para o melhor. De fato, há males que vem para o bem. A partir do momento que se reconhece isso: não existem mais males. O que são males, se são eles que nos fazem que crescer? E o que há de mal em crescer? Não há.
A mudança vem acompanhada de dor, de cortes das linhas que antes prendiam, da dor de enfrentar algo novo, da dor e do medo que o desconhecido nos traz. A mudança traz consigo o que necessitamos. A mudança, em si, por sua essência, é necessária para o mundo girar. É por isso e para isso que existimos.
A morte foi o primeiro passo para o novo. Com sua foice, cortou os elos que nos mantinham juntos. Cortou qualquer coisa que ainda nos ligava. Viramos um só novamente - viramos "ele" e "ela". O "nós", já cansado demais pra continuar, já exausto demais para tentar - já entregou os pontos. Já passou do ponto.
Mas ainda tentamos mais mil vezes! - tentamos fazer o coração bater novamente, tentamos fazer o sangue circular. Tentativas, mil tentativas em vão! É por isso que a Torre veio. A Torre vem para ser derrubada por nós, antes que nós sejamos derrubados por ela. De qualquer forma, algo cai. E de fato, não há de ser eu quem cairá.
Já caí, já cheguei em mais um limite - não há mais pra onde cair. Preciso de um giro de 180º, preciso de uma nova visão, uma visão clara e objetiva. Um olhar para mim mesma, pois assim conseguirei levantar com minhas próprias forças. Aquelas forças que eu nem sei que existem, aquelas forças que me fizeram não desistir de mim mesma tantas vezes.
A força, a alegria, o amor - eu possuo em mim tudo o que preciso para ser feliz.
Nenhum comentário:
Postar um comentário