17 de out. de 2011

As mãos

Ela se via como alguém que estava perdida. Ninguém estava disponível para ela, ninguém se importava com ela, não havia ninguém pra ela. Ela andava por um mundo onde não existia mais ninguém. Andava por ruas infestadas de névoa, durante a madrugada. Andava por entre os raios de sol, deslizava pelos arcos-íris, caía junto com as gotas de chuva...
Ela só queria ser vista.
Num certo dia, naqueles passeios solitários que ela costumava fazer, sentiu um toque suave em sua mão. Primeiramente, ela se assustou, tremelicou, mas não separou as mãos que, juntas, tornariam até o impossível, possível. Elas passaram a fazer tudo juntas. Passaram a depender, a se apoiar, uma na outra. Compartilhavam pensamentos, emoções, sentimentos, problemas, situações, e juntas, superavam qualquer coisa que tentasse impedí-las de continuar. Elas sabiam que, não importava o tempo, não importava nada, elas sempre teriam essa amizade, esse elo que as unia. Seja em memórias, fotos, mensagens, isso jamais teria um fim. Era algo que de repente havia começado, havia tornado-se especial, insubstituível, único.

 I will promise to be there whenever you need me, because you'll always be the best.

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