24 de set. de 2012

Desapego

De repente me vi parada, esperando por algo - não sei o que é isso que tem o poder de me fazer esperar! E me vi distante de todo mundo - as pessoas passavam por mim, me ultrapassavam e não iam me esperar. O mundo estava girando e, de alguma forma, dei um jeito de ficar para trás. Tudo ficava cada vez mais distante, e eu ficava mais só. O que era isso que estava me mantendo estática, paralisada? Todo mundo seguia em frente, e eu lá, estacionada. Todo mundo se cansando... mas ora, eu me canso também! E então movi primeiro minha perna direita, e depois a esquerda, e com isso, passos foram dados e, finalmente, saí do lugar. Quando é que fui me tornar alguém que depende de outras pessoas para seguir em frente? O que é que me fez parar por alguém? Não tenho tempo para perder, nem por nada nem por ninguém! Não tenho tempo nem para mim! E então me vi cansada, cansada de esperar e depender dos outros, cansada de esperar a reciprocidade alheia. Não quero, e não vou mais depender. E então segui em frente - somente a minha própria companhia era exatamente tudo o que eu precisava. Adeus!

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