11 de set. de 2012

Olhos da lua

Olhos brilhando, ansiando por novidade; olhos voando, em busca de liberdade. Olhos confusos, dispersos, em vários lugares; olhos que despertam curiosidades. Olhos claros, escuros; olhos distantes e tão próximos; olhos de uma vez apenas, olhos inalcançáveis. Olhos que falam por si só, olhos que escondem, olhos que perguntam, e olhos que respondem. Olhos que choram, que sorriem; olhos que esperam e se decepcionam; olhos que cansam de se iludir, olhos que passam sem deixar rastros. Eu não preciso desses olhos - olhos que desaprovam, que afagam enquanto apedrejam, que abrem e fecham espaço, que não se decidem! Procuro pelos olhos que enxergam debaixo d'água, que voam pelos ares e me acompanham por todos os lugares. Procuro por olhos que me afastem da distração, quando necessário, que me segurem no chão e não deixem que eu me espalhe demais por aí. Quero olhos que me entendam apenas por um gesto, que me aceitem com as coisas boas e todo o resto. Preciso de olhos reconfortantes, sempre à espera para me olhar; não precisam ser olhos gigantes, desde que eles consigam enxergar as coisas em seu lugar. Preciso de olhares que durem mais um pouco, de piscadelas mais demoradas, de olhos que façam o tempo parar. E de tantos olhos, logo nos teus que eu fui me acomodar...

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