2 de nov. de 2012

Breakthrough

Simplesmente não espere dos outros o que nem você mesma consegue fazer.

Gostaria de me despedir de você, pequena menina. Te agradecer por todos esses anos em que estivemos juntas, sempre encontrando alguma forma de sobreviver nesse mundo. Te dizer que sou muito grata por estar sempre presente comigo. Te dizer que você tem condições de ter uma vida extraordinária, e que, por esse motivo, eu preciso que você continue-a sem mim. Eu me responsabilizo por ter agido de forma auto-crítica com você. Eu sinto muito. Fico feliz, porém, de perceber que você é capaz de compreender. Você sempre esteve lá quando precisei, você é a pessoa que eu mais conheço nessa vida, e a pessoa que mais amo. Sem você eu não teria condições de existir, portanto, gostaria de lhe agradecer mais uma vez. Nesses seus 4 anos de vida, sei que ainda acontecerão muitas coisas contigo. Ano que vem, sua vida mudará completamente, irreversivelmente. Mas talvez exista o lado positivo em cada situação ruim que passamos, e preciso te dizer que não é culpa sua, nem de sua mãe ou seu pai, não existe um culpado. As situações - tanto boas quanto ruins - sempre acontecem por um motivo; você foi criou possibilidades para que elas ocorressem. Você passará por momentos felizes e tristes, porém é de extrema importância que não se deixe ser derrotada pelas dificuldades, que não se dê por vencida. Permaneça forte, pois você possui uma força incrível. Saiba valorizas as alegrias e minimizar os efeitos negativos em sua vida. Respeite e ame a si mesma, pois assim, poderá passar isso adiante.

A pequena criança te olha séria, hesitante. Ao ouvir suas palavras, ela fica sem reação. É muita coisa para ela entender, e a distância entre vocês é grande demais. Você se agacha, olha para aqueles pequeninos olhos cor-de-mel. Ela compreende, dá um sorriso meio tímido. Você pega as pequenas mãozinhas dela, sorri, acaba recebendo um sorriso de volta. Agora, cada uma pode seguir com o seu próprio destino. Você se despede daqueles cabelos loiros, daquela nostálgica roupinha branca, daquele sorrisinho que só você mesma sabe fazer igual. Adeus, Enya.

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