30 de ago. de 2010

Enfeitiçada

"Estou deitada em minha cama. Rodas-gigantes em minha mente. Reviro-me, de um lado para o outro, tentando finalmente adormecer. Pensamentos demais para mim. "
Naquela noite, não conseguia dormir profundamente, ao ponto de existir alguma possibilidade de meus sonhos serem contigo, e nem de ter sonho algum. Os raros minutos em que conseguia dormir, rapidamente terminavam e, num susto, eu levantava me minha cama, aos pulos. A sensação que eu tinha é que eu estava caindo. Caindo novamente, nesse interminavelmente profundo buraco negro. Às vezes sinto essa sensação, de estar caindo... E num susto me levanto brutamente de minha cama. No fim da longa noite, finalmente consegui dormir. E quando arrisquei a abrir meus olhos, deparei-me com algo de beleza estrema. Não tive tempo para respirar. A beleza da Lua tirava o meu fôlego. Então, lá estava ela. Lá estava a minha preciosa Lua. Minha mais fiel e eterna companheira apareceu. E provou-me como nunca que eu não estava sozinha, apesar de tudo. Provou-me que, mesmo que eu passasse minhas noites sozinha, mesmo que eu passasse meu dias sozinha, ele sempre apareceria, de uma forma ou outra, em uma hora ou outra. Provou-me que por mais que eu não a visse, ela sempre estaria em algum lugar, para mim. Provou-me que eu era dela, e ela, minha.

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