25 de mai. de 2010

Incompleta

Não o odeio. Não o amo. Sinto falta de como é se sentir assim: amando, odiando. Sinto-me tão vulnerável, que penso que posso me desmanchar a qualquer segundo. Não é preciso uma razão, ou um motivo. Procuro em músicas, alguma forma de identificação. Parece simplesmente que todas elas me compreendem. Sei que não é algo novo. Sei que não sou a única passando por isso. E é bom até perceber que não estou sozinha, passando por isso. Meus dias são rotineiros, coisa que eu detesto. Meus humores são ambivalentes, ou estou feliz ou estou triste. É, nem sempre foi assim. Já estive melhor. Já estive feliz, e já estive terrivelmente triste. Meus atos estão tornando-se cada vez mais óbvios e previsíveis. Às vezes, apenas algumas palavras trocadas podem me fazer sentir melhor. Ou até mesmo parar e observar o céu. Fazer identificações de mim com a Lua. Oh, querida Lua, que me serviu de inspiração tantas vezes. Tento distrair-me com as coisas singelas da vida. Tento apreciar ao máximo o que gosto, e aproveitar o quanto posso dos momentos bons. Mas, ainda sim, estou como a Lua. Ela não está cheia, e muito menos eu estou. A Lua tem suas fases, faces. Já eu, nem sei.

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