24 de jul. de 2010

Incessante

Estava sozinha, andando em linha reta. O vento era forte, e frio. Tão frio que atravessava o tecido de seu casaco, sua blusa e sua calça e encostava em seu corpo aquecido, fazendo-a se arrepiar. Ela escutava uma música, triste, por sinal. De repente ela começou a sentir uma dor intensa. Uma dor em seu coração. E doía tanto que ela mal podia respirar. Foi quando ela se deu conta de que ela estava andando exatamente no lugar onde ela costumava andar, quando ia ao encontro dele. A dor não estava cessando e era cada vez mais difícil respirar. Então, ela decidiu parar. Encostou em uma árvore e tentou fazer com que a dor passasse. Tentou em vão. E sem que ela notasse, estava encostada na árvore aonde eles haviam ficado pela primeiríssima vez. O perfume dele passou a ser o ar que ela respirava. E então, seu coração já não doía mais.
- E tenho medo. O tempo sem você passa tão devagar. E tudo se perder no caminho? Nunca poderei ser quem eu queria, fazer o que preciso. E se a demora fizer com que tudo suma? Nunca mais te verei novamente.

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