25 de jul. de 2010

Vozes

Escutei a sua voz. Estava tudo escuro, e só a sua voz me guiava para um certo caminho. Não sei se era o correto, ou o incorreto, eu apenas ia. Sua voz me dizia coisas lindas, inesperadas. Palavras sem sentido. Palavras ilusórias. "Eu te amo". Palavras que você nunca havia pronunciado para mim. Não pude me lembrar de mais nada do sonho, apenas isso. Talvez seja o meu inconsciente, querendo desesperadamente que alguém diga isso para mim, com sinceridade. Talvez seja o que quero escutar. Mas a verdade é que tenho medo de falhar. Assim como da última vez, tenho medo de te perder. Imaginar você nos braços alheios daquela que você chama de sua dói, dói demais. Em meus sonhos, podemos ter um futuro próspero. São só sonhos, eu sei. Agora, tenho medo de sonhar. Medo de que meus sonhos sejam melhores ou mais agradáveis que a minha vida real. Medo de que um dia os fatos que acontecem em meus sonhos não venham a acontecer realmente. O tempo é inimigo. Ele não se esquece e nem passa depressa. Passa devagar. E assim, tenho mais medo. Medo de não conseguir chegar ao final. Medo de não cumprir. E o principal medo: rejeição. Quero essa segunda chance para fazer diferente. Quero que essa segunda chance sirva para conseguir o que não conseguimos no passado. Não haverá outra. Estou disposta a ir, sem ter que recuar. E se eu estiver indo rápido demais? É o meu ritmo, mas acompanhe-me. E não se esqueça.
- E se tiver que ser, uma hora será.

Nenhum comentário:

Postar um comentário