21 de mai. de 2012

Crises

Tanto a dizer que palavras não diriam nada. Tanto a ouvir que só nos resta o silêncio. As pessoas que estão conosco na foto vão mudando. Temos medo dessas mudanças. Sofrimento que ninguém nota, que ninguém escapa, sofrimento gerado pela impermanência, sofrimento do sofrimento, sofrimento da possível mudança. Talvez nós consigamos escapar. Vivemos numa condição onde nos falta visão, mas como falta para todos, ninguém percebe. Simplesmente vá, não escolha por onde. Somos guiados pelo automatismo. Tudo é tão automático que agir automaticamente também virou automático. Nós erramos. Imaginamos que coisas externas nos trarão maior felicidade e satisfação e esquecemos do nosso mundo interior. De repente, alguém percebeu que se entendermos o mundo interior, entenderemos o mundo exterior. Observe o mundo interior. É inevitável que as coisas envelheçam e percam os seus valores na nossa frente. A realidade atravessa as paredes da racionalidade. Como a mente cria coisas novas? Como a gente se engana? Enfrente a névoa da sua mente. Não obedeça a nuvem de distrações. Quando estamos em crise, tudo à nossa volta está disperso. Seja compassivo. Elimine as complicações. A liberdade da mente é possível. Nós não somos as nossas qualidades, apenas nos associamos à elas. O esforço produz a sensação de dor.  Às vezes vemos o nosso mundo quebrado e sentimos falta de uma estrutura rígida de nossos referenciais, sentimos falta do nosso chão. Temos a sensação de que estamos aqui porque nosso corpo está, mas nossa mente está por aí. Onde a sua mente está?

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