21 de dez. de 2010

Enterrado vivo

De repente todas as luzes se apagam. É impossível enxergar. É difícil se acostumar com a escuridão, mas uma hora isso acontece. A dor é tão intensa e inconstante... Gostaria de acabar com isso. Sempre tive essa vontade de voltar ao tempo, ou avançá-lo. Consertar erros do passado ou simplesmente impedir que eles acontecessem. Raiva, sinto raiva. - Estou tentando consertar os meus erros... Por favor, diga-me o que foi que eu fiz! Na escuridão, todos passam a ser cegos. E, com a ausência de luz, não existe cor. Posso ouvir, sentir, respirar, mas não existe algo que me faça querer fazer isso. Auto-destruição. - Quero que você me bata o mais forte que você conseguir! Não há esperanças, não há porque lutar. - E o que me mata é saber que você está bem melhor desde que deixei de existir. Meu corpo implora por um descanso. Meus olhos pesados e exaustos não querem mais abrir. Penso no tanto que eu poderia falar, mas minha boca permanece em silêncio. Meus ouvidos cansaram de ouvir e esquecer. Minhas mãos procuram a cova em que irei me atirar.

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