11 de mar. de 2011

Sinos

O vento faz os sinos tocarem. Talvez agora seja a hora de acordar, levantar e parar de pensar. Os olhos se abrem e se fecham, e ao fechá-los, só existe o preto e o branco. Aquilo deve ser o bastante para alguns, duas cores opostas que se completam e juntas fazem um par incrível. Mas não, não era o suficiente. Queria todas as outras cores que faltavam! Onde estavam os azuis, vermelhos e verdes que sempre existiram?  E a ausência deles significava o que? Os papéis estavam invertidos agora: o sofredor fazia sofrer, e o causador de sofrimento, sofria.  Talvez não parecesse, mas percebia e notava toda e qualquer mudança, qualquer detalhe. Talvez devesse confiar mais em sua própria intuição, confiar mais em si mesmo. Talvez assim, evitasse decepções. Existiam hematomas por todos os lados, sentia dor até em lugares que nem sabia que existiam.

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