15 de out. de 2010

Em busca de uma utilidade

A garota não sabia mais o que deveria ser feito! Decidiu, desde então, que, por todo e qualquer lugar que você passasse, deixaria um rastro, um pedaço, uma digital, ou qualquer coisa que pudesse te lembrar da existência dela. Começou a caminhar pelas ruas, e deixando nelas sempre um fio de seu cabelo. Nas flores, despejava o seu perfume. As gotas de chuva eram suas lágrimas. Deixou seus dedos dos pés em todas os parques e florestas que pôde. E seus dedos das mãos em todos os pianos. Seus beijos em todas as cartas de amor. Seus olhares em qualquer lugar que pudessem ser encontrados pelos seus. Seu sorrisos em sua risada sincera. Seus lábios, em em lugar aonde pudessem falar. Seus ouvidos, em um lugar aonde fosse necessário escutar. Seus olhos, em um lugar aonde necessitassem enxergar. Seus braços estaria lá, sempre dispostos a te abraçar. Suas mãos estariam sempre prontos para bagunçar o seu cabelo. Seu colo, sempre livre para que você pudesse deitar. Suas pernas para sempre caminharem contigo.     
(...)
Deixou a sombra dela contigo, para que pudesse sempre te acompanhar. Deixou o coração dela contigo, para que pudesse servir para algo, quando o seu parasse de bater. 

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