3 de out. de 2010

So goodnight

Eu podia sentir a sua presença, antes mesmo de avistá-lo. E quando me dei conta, havia passado por mim, e ignorado tão facilmente a minha existência... Ao te ver, não precisei procurar diferentes formas para conseguir respirar, ou controlar meus olhos e pensamentos para distanciá-los de ti. Eu sou estava lá, a observar-te. Com meus olhos, segui teus passos, movimentos, gestos, palavras. Mas não o observava hipnoticamente. Não senti aquela vontade incontrolável de jogar-me aos teus braços e deixar tudo para trás, esquecer de tudo o que havia passado.  Só queria apreciar aquele último momento, em que te vi. Talvez tenha sido nosso último encontro por acaso. Ou talvez não. Naquele momento, te enxerguei como uma pessoa com quem passei diversos agradáveis momentos, alguém que pertencia ao meu passado, não futuro. E por mais que minha vontade fosse de tê-lo em meu futuro... Não havia mais nada que pudesse ser feito entre nós. Tentamos de diversas formas, tentei mais do que você. Havia me contentado em tê-lo apenas em minhas lembranças. E estava tudo bem. Ainda olhando para você, e ao mesmo tempo sorrindo, houve uma ligeira troca de olhares entre nós. 
Por mais que tentemos esquecer, desistir, sempre nos conheceremos. Por mais que tentemos ignorar que algo, em graus diferentes de importância, aconteceu entre nós, sempre ficará essa vontade de fazer tudo de novo, só mais uma vez. E então, desviei meu olhar de alguém que passou, arrancou uma parte de mim, e foi embora, levando-me consigo.

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